Essa postagem não tem a intenção de ser moralista nem julgadora. Se nem Jesus veio para condenar, quem sou eu para julgar. A minha intenção é apenas advertir, desabafar, ajudar a quem passou ou está passando por uma situação parecida. E talvez ajudar a quem está passando por uma gravidez indesejada e está pensando em abortar.
Dia 22 deste mês (julho) eu perdi um bebê de 11 semanas de gestação. Com 9 semanas e 4 dias ele parou de se desenvolver e só quase duas semanas depois é que eu descobri que tinha tido um aborto retido.
Eu fiz tudo o que pude, fiquei deitada, não peguei peso, não me esforcei, tentei relaxar o máximo que pude, mas não deu, e o sonho de ser mãe foi adiado mais uma vez. Digo mais uma vez porque essa já é a segunda vez que sofro um aborto.
Sei que talvez em algum lugar do mundo tenha uma pessoa desesperada porque engravidou e está buscando a melhor solução para resolver uma gravidez não desejada. Para essas, eu só posso dizer: "pense muito bem antes de interromper sua gestação".
Muito se fala no direito de escolha de cada mulher, muito se fala no direito que cada uma tem sobre o seu próprio corpo... Porém o que quase não se comenta, é o tormento psicológico que a mulher terá de enfrentar caso ela decida realizar um aborto.
As desculpas são as mais variadas quando tomamos decisões que sabemos que são erradas. Podemos dizer: "sou muito nova, não tenho emprego, meu namorado não quer ter esse filho e eu não posso criá-lo sozinha, meus pais jamais iriam aceitar..."
As desculpas são as mais diversas e elas podem soar cheias de razão, porém nenhuma dessas desculpas conseguirá aliviar a dor psicológica do pós-aborto.
Talvez você pense: "ela está dizendo isso porque ela queria muito um filho, mas eu não quero".
Justamente porque eu queria muito um filho é que posso falar, pois se eu queria muito e fiz tudo o que esteve em meu alcance para conseguir realizar esse sonho e mesmo assim me senti abalada, perdida, com medo do futuro, com uma dor na alma indescritível... imagine então quem não fez nada para salvar o sangue do seu sangue, a carne de sua carne... Tenho certeza que apesar do alívio da responsabilidade, o peso na consciência, os pesadelos, o remorso, a incerteza do futuro serão muito maiores do que a de quem tentou.
Sabe, a gestação causa medo mesmo, até mesmo para mim que sonho com isso a tanto tempo, porém é tão bom fazer a coisa certa e ficar com a consciência limpa, a sensação de dever cumprido.
Se o seu problema é seu namorado que não aceita a gestação, para isso existem leis que o obrigarão a ajudá-la.
Se o seu problema são seus pais, pode ter certeza que esse é o menor problema de todos, seus pais ficarão decepcionados, talvez reagirão de maneira inesperada e grotesca no começo, até porque vamos combinar, se está sendo difícil pra você aceitar, imagine para eles! Porém, os pais possuem um sentimento chamado senso de proteção que é impressionante, com o tempo eles não só vão aceitar como vão babar o seu filho.
Se o seu problema é porque você é jovem demais e acha que vai estragar sua vida, eu só posso dizer o que diz a Bíblia: "filhos são bênçãos". Como pode uma bênção estragar a sua vida?
Bem, eu não sei quais são os seus medos, sei porém que se estivesse em meu alcance eu protegeria seu filho para que não o abortasse, eu apoiaria você para que não passasse pela dor psicológica que eu passei.
Seja forte! Seja corajosa! Tenha fé! Lute pelo pedacinho de vida que está dentro de você, esse é um dos mais lindos milagres de Deus.
Tenho certeza que Deus vai te dar as ferramentas e vai colocar as pessoas que precisar pra te ajudar caso decida pelo milagre da vida.
Deus jamais deixa sozinho aquele que quer fazer a coisa certa.
E quando seu filho estiver em seus braços, você vai ver que eu tinha razão!